Body in Faluja.

Body in Faluja.

Brincando com seu brincar

Eu fico olhando voce.

Seu corpo àgil descer.

como se fosse voar.

Depois montar no cavalo.

Cavalgar num estalo.

Pelas planicies do sonho.

Esse momento tão raro.

À noite olhando a tela.

Imaginei-o na guerra.

Que parecia sem fim.

Fero Faluja e patins.

E um menino chorando.

Enquanto a bomba arrebenta.

E quase arranca seus medos.

Arrasa sonhos e brinquedos.

E voce dorme o desenho.

Daquele parque infantil.

Daquela grama verdinha.

Daquele cèu cor de anil.

E o menino da guerra.

O seu brinquedos enterra.

Naquele campo minado.

Na mira de um fuzil.

Queria que voce fosse.

Buscar aquele menino.

Leva-lo para brincar.

Nas àguas da sua praia.

Desenterrar suas conchas.

Cobertas pelas areias.

Saltar por cima da onda.

Como um peixe ou sereia.

Imagine the body in Faluja.

Com sua cara tão suja.

Pela fuligem da guerra.

E o sangue brotando da terra.

Chorei como avö e seu pai.

Queria que aquele garoto.

Tivesse outro destino.

E não sofresse jamais.

Ao meu neto Daniel (Budão) e a todos os meninos do mundo.

18 de junho de 2005

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 07/01/2010
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T2015914
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