Revelação

Preciso manter minha sanidade mental;

Para ver as folhas secas que preludiam o inverno;

Sentir a brisa fria deste mês outonal;

Aplacando a efervescência deste calor interno.

Sou como naufraga em uma terra desconhecida;

Buscando uma razão para ainda estar aqui;

Sei que igual destino em areia movediça;

Não partirei sem que antes tudo se faça.

Enquanto a mente externa se distrai ao cotidiano;

Representando a lucidez de uma insana sociedade;

Percebo o qual imenso é meu engano;

Em deixar os dias transcorrerem à vontade.

Como pássaro muito longe de seu ninho;

Olho as estrelas em profunda saudade;

Somente em seu brilho encontro abrigo;

E a certeza que voltarei a Irmandade.

Como darei passagem a um de seus filhos?

Se estou presa dentro de mim mesma?

A conspiração luta em ferrenha armadinha;

Deixando-me sozinha em constante incerteza?

Mas momentos próximos da grande Iluminação;

Não poderei fugar mais desta realidade;

Cumprir-se-á assim tão nobre missão;

Portal transcendente a luz da claridade.

ACCO

27/04/2010

Foca
Enviado por Foca em 27/04/2010
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