Limites do Tempo

Mais um dia vai e menos um dia vem.

E vou sentindo a dança do tempo

Brincando com meu corpo.

Mais um ano ou menos um?

Não me importa.

Porque deveria contar a vida através de anos,

E não de feitos?

Quando vamos deixar de nos limitar

Pelas grades ilusórias do tempo?

Não, não quero saber!

Quero apenas me ver livre

Desse verdadeiro castigo de Prometeu

Que se renova diariamente

A me iludir sobre os limites de minha existência!

Sou muito mais do que as voltas de um planeta.

Sou eterno e incontável.

Continuarei existindo mesmo após a morte carnal.

Porque sou idéia,

Sou palavra.

Sou Intangível e abstrato,

Supratemporal!

Continuarei no ar como onda,

Num livro como palavra

E até mesmo,

Na semente que em minha escolhida plantar.

Para sempre viver

Liberto do tempo e da morte

Pelas chaves do amor.

Roger Beier
Enviado por Roger Beier em 22/08/2006
Código do texto: T222683