CREPÚSCULO

O negrume da Noite já é-me pálido

E a Morte, sua filha corre á mãe,

Muito antes o esquecimento se põe

Ao lado de uma noite escurecida.

Sim, esta Noite clara findará.

Longe, rosto mui pálido escondido,

Habitará qual segredos não fétidos:

Na luz dos tempos, enfim brilhará.

Odara, após do fim este eu tragar

E noutro tempo, quiçá, outro eu emergir,

Tenha deste eu ao menos uma lembrança.

Olho a Noite no Leste a se deitar,

Naquele leito este eu insiste em esvair

Num vagir confuso de criança.

Arquelau de Satna
Enviado por Arquelau de Satna em 10/05/2010
Código do texto: T2249269
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