Vôo luso-brasileiro

Voo alto na cidade escura

Embaixo, corpos retorcidos

No próprio eixo à procura

Estão prontos para a disputa

Em difusa e plena torcida

Na confusão mental,

(...) túmulo da civilização!

Esperam fazer o carnaval

Ação de plano experimental

Almejam vencer a solidão

Alcançar a maturidade da luz

É emergir, é olvidar submissões

Rumo ao sentido que seduz

Submersos em versos e intenções

Poemas nascem aos montões

Lealdade dorme vendo

O piscar das torres

Só o luar antevendo

O banhar das dores

Arco - íris de multicores

Sob as disposições da vida

A luz já não corteja as cores

Nas sombras das despedidas

Oculta um mar de horrores

Sinal de advertência

Pisca... Pisca e belisca

No olhar da irreverência

E por fim arrisca

Na estrofe que rabisca

Os bits das torres...

Nos arrebites se sofistica

Na cadeia montanhosa

Mergulha fundo e sonha...

Estar dentro daquele corpo

Onde tudo se principia

Um mundo de magias...

De infinitos olhos finitos

O amor finda e reinicia

Porque ele sobrevive no infinito

Onde tudo é mais bonito!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 24/06/2010
Reeditado em 06/03/2013
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