estação terminal

entrei na rua que levava ao fim do mundo

amedrontado, mesmo assim a percorri

não sei de onde o desejo tão profundo

de me lembrar das amarguras que vivi

eu ia andando e conversando com a saudade

que me falava do que tive mas não quis

fui me achegando ali pra hora da verdade

que é quando a gente já não quer ser mais feliz

já não cabia mais olhar para o começo

e o endereço agora pode ser qualquer

o fim de tudo é como o lado do avesso

que a gente finge que adequado ainda é

e se no fim de tudo ainda tem um preço,

é só pagar do jeito que a gente puder

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/07/2010
Reeditado em 06/07/2010
Código do texto: T2360975
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.