Sobre o tentamos dizer

Sobre o que tentamos dizer...

É lamentável...

que o tempo não me entenda...

são tantas afinidades que...dói.

Dói quando faz frio ou quando ele esquenta.

Mas o que mais dói é a beleza do seu entardecer...

A fusão de suas cores... vitrais...

Tão exposto e inabalável.

A sua liberdade é realmente a coisa mais frágil a perder.

De você sei Tudo

Nada.

Apenas um travessão – das coisas que

sei – E o que sobra, não sei.

Uma canção fresca

Sobre o tempo,

sobre ele...

sob ele...

sim... é somente ele...

Que apazigua meu sono.

O vento quis me dizer algo

Mas preferi ir de encontro a outras correntes...

Por que o tempo dói!

E descobri-lo é descolorir as rosas da primavera.

Injusto!

Não seria tão vil...

Prefiro ir...Não fugir.

Já tirei as máscaras,

queimei meu armário de ingratidão

e joguei fora às inexatidões paradoxais.

Restou o silêncio.

O mesmo silencio de outras emoções

E canções frescas feitas de madrugada...

Restou o meu silêncio.

O mesmo silencio de outras emoções

E canções frescas feitas de madrugada...

Andreia Batista
Enviado por Andreia Batista em 11/09/2006
Código do texto: T237819