Anátema ao Luar

A noite chega numa orquestra acentuada

A minha alma é transposta desse mundo

Tão descompenetrado

Enchendo-me os olhos

Do velho e metafísico mistério.

O vento espanta as flores gélidas

Do meu jardim sombrio

E a lua testemunha única

Das minhas aspirações vagas

Esconde-me a tua luz como num ritual

Deixando-me apenas a tua penumbra obscura.

Sinto-me a cavalgar taciturna

Dentro da noite no meu unicórnio alado

A caminhos de trevas flutuantes.

Sobre mim há apenas estrelas

Que refletem seu brilho oriundo

De longíquas galáxias.

Raysa Amoapoesia

Amoapoesia
Enviado por Amoapoesia em 11/09/2006
Reeditado em 11/11/2013
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