Anátema ao Luar
A noite chega numa orquestra acentuada
A minha alma é transposta desse mundo
Tão descompenetrado
Enchendo-me os olhos
Do velho e metafísico mistério.
O vento espanta as flores gélidas
Do meu jardim sombrio
E a lua testemunha única
Das minhas aspirações vagas
Esconde-me a tua luz como num ritual
Deixando-me apenas a tua penumbra obscura.
Sinto-me a cavalgar taciturna
Dentro da noite no meu unicórnio alado
A caminhos de trevas flutuantes.
Sobre mim há apenas estrelas
Que refletem seu brilho oriundo
De longíquas galáxias.
Raysa Amoapoesia