O MENINO POETA

Sou tudo o que sou e o que não sou.

Dá-se a metamorfose do poeta

que canta hossanas

à vida e às gentes

que ele conhece de fio a pavio.

Mais uma vez minto a dor que deveras

sinto.

Sou neste e no outro o que sói ser em mim

poeta de todas as causas que brinca

de menino.

Sou coisa partida que sempre volta a

colar-se.

E divago pelas nuvens sonhando-te aqui

à minha espera (sorriso nos lábios)

e eu que estou tão longe de ser em ti.

Sou coisa alguma e sou coisa nenhuma.

Perdido em meus pensamentos

e devaneios

o poeta menino insurge-se

na folha alva, esperando o ressurgimento.

Jorge Humberto

21/07/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 21/07/2010
Código do texto: T2391126
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