O SAL DA TERRA....
Portas trancafiadas,
Paridas, rangentes e aprisionadas,
Das meretrizes santas e mal amadas,
Belas, cegas, ofertadas e caladas....
De olhares frios e mortificados,
Curvas em corpos apurados,
Movidos pelos desejos insanos,
Atrevidos e desalmados....
Vestidos sem sentidos, faces rubras.
Semblantes entristecidos se assemelham
Miragens de algumas almas, que acomodam,
Daquelas que navegam nas madrugadas.
Fêmeas criadas nada amparadas,
Desesperadas, a beira das estradas.
Das vidas procelosas talvez preguiçosas
Se achem gostosas, maduras e suculentas..
Degustadas pelas feras famintas, sedutoras e amorosas...