A lousa virtual

A LOUSA VIRTUAL.

Matemática antipática.

Química tão cósmica.

Que destrói toda a física.

Deixando-a lerda, tísica.

Dois e dois são quatro.

E a estória dos macacos?

E Ubiratan D’ambrósio, perguntou:

O que é o Educador?

Cinco símeos numa cela.

As bananas na janela.

Uma escada pra pega-las.

Um jato bem na cara.

Tirava o seu apetite.

Já o outro atento.

Então levava bordoada.

Aquele que a gula atiçava.

Porque misturo macaco

E as matérias citadas?

Porque um professor carismático.

Da o tom tão profético?

Situa a Sociologia.

Na grade das quase exatas.

Temendo o fim fraccionado.

De quem a vida embala.

E Paulo Freire disserta.

A mesma pauta e alerta.

Mudar o jeito do “Ensino”.

É a salvação do menino.

Pois ele acorda e sonâmbulo.

Já conta as horas do dia.

No pulso tem o relógio.

A midia é sua guia.

Tem professor que ensina.

Aquele que nos educa.

porem a lousa maluca.

Virtual porra louca.

Cópia e papel carbono.

É o futuro insano.

Inserir novo século.

Na simplicidade do plano

Módulos e telas virtuais.

E bem nos lembra vitrais.

Uma caneta a laser.

Sob olhares e teses.

Inserido no contexto.

Professores e o novo século.

O pó do giz não arranha.

O mestre a tela e o espetáculo.

O ensino, a Paidéia Justa.

Que Sócrates e a maieutica ensinou.

Que Platão deixou nas páginas.

De um livro que o mundo esqueceu.

Séculos separam essa lousa.

E os módulos com telas virtuais.

O mestre continua sendo o mesmo.

Debruçado em sonhos irreais.