A criação
Leis, consciência, sexo
Tudo era nada, Tudo era caos
Nova aurora sublime no tempo
Apagados na ultima criação
Somos parte do alento
na noite que suprime a explosão
Um silencioso sibilar fecundo
As águas, o gênesis, a vida
O sabor delicioso do novo dia
Que ainda não existia
Acorde! Levante agora!
Multiplique o éter acásico
Aceite o beijo de Deus
No oceano obscurecido
Finda as trevas! Brota luz!
Surge mente! Surge vida!
E os planetas da explosão
No raio da criação
Sou aquele que vê e que
não vê a paisagem pequena
Surjo com mente serena,
serenamente atenta
Do sexo vem a vida,
da vida o ato sexual
Os sete compêndios da morte,
resumidas no espaço sideral.
Cada aurora eternamente
paciente de sua existência...
Dos deuses surgindo as bestas,
delas um novo homem
em cada circulo de nascimentos
em que contamos nossa morte
quantos anéis estiveram em meus dedos?
Quantos sonhos desvanecidos?
Hoje faço parte das pedras
Hoje faço parte das plantas
Perdi o mel e o leite
Saí da minha entrada
Faço parte do universo
Na finda morte calada.