Pássaro Novo

Qualquer passo que dou

Não me leva jamais aonde quero

E assim é que sou

Estou sempre onde é completo o mistério...

Não sou nada de ocasião

Tudo é minimamente raciocinado em mim,

Mas o resultado sempre transforma tudo em ilusão,

Pois que a Razão nunca ganha seu fim...

O fim é desconhecido-conhecido-desconhecido,

Não importa a que qualquermancia consultar,

E fazer cálculos também não adianta,

Não sou jamais de Ocasião,

E aos Fins aonde vou chegando,

Para mim é Pássaro Novo se formando...

E aonde vai eu?

Esse eu já ficou, já passou, deixou de existir...

E o que existe-existindo é um estranho

Para qual sempre olho,

Todavia,

Por mais que tente,

Jamais o acompanho...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 14/08/2010
Código do texto: T2438200
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