A serva feliz.

Pelas noites frias

e sombrias ela andava.

Era leve e saltitante seu andar...

Nos antros fétidos e putrefatos,

onde a dor escondia-se

dos indiferentes mortais,

que no conforto dormiam,

ela sorridente e feliz entrava...

Oh! luzes e odores leves de primavera

conduzia,

deixando um rastro de sorrisos

nas faces tristes da fome...

Alimentava

corpos e espíritos famintos,

esquentava

corações e almas geladas,

amava, oh! Como amava!

O amor transbordava de seus poros

e em correntes de água límpida,

corria pelos becos,

pelos buracos,

afastando os ratos

e todos os pecados

dos mortais.

Era a luz afastando a escuridão,

transformando vidas,

gerando amores.

Criando...

Serva do Criador era.

Como te chamas? Diziam.

Ela apenas sorria...

As crianças e os anjos sabiam:

o seu nome era

Caridade.

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 30/08/2010
Código do texto: T2469302
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