TAREFAS
Se os vermes parassem de trabalhar
Por se reconhecerem pequenos e insignificantes
O solo deixaria de fecundar
E os campos não seriam mais verdejantes.
Se as sementes invejassem as árvores maduras
A esterilidade tomaria conta do universo
Prejudicando as próximas vidas futuras
Por teu egoísmo e individualismo perverso.
Se as papoulas deixassem de produzir
Revoltadas porque lhe deturparam a essência
Fazendo do ópio um mercado a lhe ferir
Os enfermos teriam maiores dores em sua existência.
As mãos que assinam papéis
Dependem daquelas que conduzem arados
E mesmo sem o brilho dos anéis
Todos são iguais e diante de Deus, considerados.
O trabalho, seja humilde e braçal
Todos dependem na engrenagem da existência
Também o labor intelectual
Transforma os homens, iguais em essência!