Caminhando para o infinito

Sigo por um caminho

Em construção num deserto

Longe, cada vez mais perto

Dos braços fortes da morte

Sigo apostando na sorte

Perdendo cada vez mais

Deixando sempre para traz

A paz escondida no tempo

Sigo ao sabor do vento

No olho do furacão

Deixando rastros no chão

Da vida por qual passei

Sigo minhas próprias leis

Traçando meu próprio destino

Mudando de casa em casa

Tal qual peça de xadrez

Sigo o desejo da vez

Em busca de liberdade

Na curva de uma saudade

Eu me despeço enfim

Adeus, caminho funestro!

Adeus, pedaços de mim!