(imagem Google)

Poética Construção

Na mente o alicerce se finca, rimas encravadas com o que se sinta, areia peneirada salutar solidão, cimento transmutado em inspiração com britas, frases tais quais tijolos que perfilham, na base poética da metódica construção;

Reboco com as flexões com tinta, pontuando organizo cada qual tubulação, métrica incerta se moldando ao que saltita, a emoção coadunando com a eletrificação, vocativos misturados em meio às lixas, poeira vã que se enamora com a criação;

Mãos tais quais o pincel que desliza, acarinhando com destreza o bruto vão, reavivando o que outrora era sem vida, emprestando tom em troca de algures contemplação, torno com vida o acre e seco cinza, no anseio de erguer com verbos um juntar são;

Da abstrata planta que dos sentires se edifica, singelamente anunciando forma com a finalização, um transpirar que da cansada face respinga, o sorriso embriaga a vocação, sou um pedreiro das palavras que se agitam, junto letras com a argamassa armazenada nos silos do meu coração.

O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 18/11/2010
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2622148
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