Numa folha de papel, faço-te meu, faço-me tua…

Na boca, sabor de

uvas e mel,

quando pego na caneta

e numa folha de papel.

Traço segredos,

acorrentados pensamentos,

escrevinho sentimentos

tímidos, embaraçados…

Traço intímos desejos

nesta brancura sem linhas,

escrevinho meus sonhos

minhas ideias íntimas…

Traço sonhos que me fazem sonhar

outros que me fazem sorrir,

alguns impossíveis de realizar,

outros que me prendem e não me deixam ir…

Sonhos que me dão asas para voar,

não só na brancura do papel,

mas também nas asas do vento,

ou num cálice de vinho com sabor a mel…

Rabisco pensamentos, com ou sem beleza:

raiva, alegria e tristeza,

paixão, desejo, solidão, saudade,

emoçoõs vividas, amor e amizade...

Na branca folha

tento traçar minha poesia,

liberto a minha voz,

nela me aqueço se me sinto fria..

Na minha branca folha posso desenhar,

lembrar só o que quero lembrar,

nada ou mil sonhos desejados,

momentos de prazer por mim vividos...

Sonho-te, imagino-te, construo-te...

Na minha folha de papel ainda nua,

toco-te, sinto-te, amo-te, possuo-te,

faço-te meu… faço-me tua…

Ana Flor do Lácio (10/12/2010)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 10/12/2010
Reeditado em 10/12/2010
Código do texto: T2664870
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