No país das anti-maravilhas

Macabrolândia!

Não é perto de Uberlândia,

É longe de tudo.

Vizinha do nada.

Não há lugar pior,

Que a tal Macabrolândia.

A nação da loucura desejada!

O lar dos indesejáveis,

O mais terreno dos infernos!

Seus habitantes estão vivos,

Apesar de sua indiferença,

Ante a vida...

Ante a morte...

E para os recém chegados,

Faz-se necessário um aviso:

AQUI AS PESSOAS NÃO CONSEGUEM MORRER!

Não conseguem?

Eis um “ultra-mundo”.

Terra dos vencidos,

Dos desiludidos,

Dos desacreditados,

Dos abandonados,

Dos que abandonaram.

Todos os que deliraram

Nos braços da desgraça,

Os que beberam o azougue

Dos lábios do desamor.

E do amor também!

Não é feio ser horrível!

O torto,

O corno,

O frio,

O morno.

O meio é entorno

E todo contorno

Segue sem curva!

Macabro...

...Lândia;

LÁ AS PESSOAS NÃO CONSEGUEM MORRER.

Jefferson Flauzino
Enviado por Jefferson Flauzino em 20/01/2011
Código do texto: T2741373
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