SENHORA DOS VENTOS

Olha; hoje, aqui, vos revelo um segredo,
já que neste mundo eu me acho em degredo...
Tenho intimidade com as coisas do ar!
Vês? Da ventania, o alto ribombar?
Sou eu que a evoco! Estas coisas tementes!
Descerro as portas, em brados inclementes -
e invandem os Silfos, com vôos rasantes,
em fortes rajadas de chuva - exultantes!
Já houve quem de mim se afastasse, tenso,
em horas que chego, e o vento vem, intenso!
Das tormentas fortes entendo a linguagem;
do seu furor lindo, lanço-me à voragem!
Como adoro os raios, brutais tempestades!
Vivo intenso amor com as suas Potestades!
Sou filha de Éolo, em seu maior poder!
E expando esta Força, que não vou conter!
É o meu alimento - este etéreo elemento,
e atemorizá-los não é o meu intento!
A minha intenção é mostrar, nesta Terra,
que não só o chão esta Vida encerra!...


Com o devido amor e pedido de vênia aos Devas, meus Mestres.


Imagem:
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Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 07/11/2006
Reeditado em 07/11/2006
Código do texto: T284425
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