Qualquer instante de paixão

A poesia é a penumbra da lide,

no muro dos poetas

e no meu colarinho amassado

habita no ninho quando vento lhe toa

busca nas madrugadas

a embriaguez das rendodilhas

nasce rude de folhas e cantigas

que canta soturnamente

no tempo que escoa

E assim, o muro dos poetas

tem poder ilusório

não atinge a verdade

pois o choro é maior

borboletas que minguam

em larvas de solidão

pois não falam,

não poetizam,

não vibram

qualquer instante da paixão...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 16/03/2011
Código do texto: T2852625
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