Cidade pequena

Ao longe se via

No alto de uma catedral

Um relógio que há muito

Esta parado, e já não é

Mais o tutor das horas

Do meu dia

Ao seu lado também

Onde já há muito tempo

Tem estado

Um velho sino

Que também já se aposentou

A ferrugem comeu sua alma

E calou sua voz

Não se ouve mais

O seu Din. Don Din. Don...

Mas assim mesmo

Todo domingo tem missa

E minha mãe quer que eu vá

Um dia no meu caminho

Uma poça de lama

Logo a frente um carro

Cortando o barro

Parecia redemoinho

Começou o drama

Então a vergonha

Se uniu a preguiça

- Não vou mais a missa

Disse eu!

Sujo que nem porco

Louco, louco, louco

Dos amigos risadas

Das meninas coitadinho

Então chapéu na mão

E pé na estrada

De volta pra casa

Quem sabe no outro domingo...

Altair Jose
Enviado por Altair Jose em 22/03/2011
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