PARALELAS
PARALELAS
Sergio Pantoja Mendes
Meus pobres versos sem rimas vão,
em espaços de pautas paralelas,
como ventos sem destino e sem rumo,
como ciclones que envolvem e revolvem
e como pássaros fugidios,
de ninhos despedaçados...
Palavras e letras voam lentas,
igual as folhas que caem
amarelas de outono,
saídas de árvores tristes e solitárias
e resvalando leves,
no meu coração inconstante,
que bate no compasso do relógio,
de uma vida que já não vive,
mas que também não morre,
presa, entre infinitas paralelas...