ANJO
ANJO
Como nas lendas de fadas
Nas noites mágicas, na floresta,
Duendes e faunos estão em festa
Adentrando as madrugadas.
No céu uma branca janela
E os seres místicos alados
Vão contentes enamorados
Na imensa luz amarela.
Abre-se uma grande clareira
Como um salão dançante
Para alegria d´algum amante
Que deseja amar noite inteira.
E o nume, um sacerdote,
Diante dos góticos casais
Segura nas mãos os cristais
Que servem-lhes de dote.
A noite bafeja as brumas
Salpicam no ar vagalumes
Brandindo contentes seus lumes
Enquando volejam as plumas.
De longe o unicórneo baila
Em honra ao bem e o amor
Que fulguram tão belo rubor
Pela plácida brisa que paira.
Suspirosa sorri a meiga rosa
Que desabrochara contente
Ao presenciar ser vivente
De áurea doce e mimosa.
Mais justo, mais puro,
Vem do alto, das constelações,
Galga lugares das emoções
Misterioso ser obscuro.
As vezes homem, as vezes não,
Mas sempre com um destino
Cujo o seu alvo é divino
Cumpridor de sua missão.
(YEHORAM)