Transcendendo...
Difusa em minha perplexidade.
Ouço cantar em mim a sinfonia
bilateral,pungente
também por vezes retilínea.
Que prolifera em facetas mil
nas células cansadas
dos decênios.
E consequentemente
milênios...
Se existem milênios!
Que irão transcender minha loucura
Ou se alinhar a minha lucidez
Que por vezes é mórbida
Mas não deixa de laçar
os sentimentos inacabados do meu eu
Ah...versos dilacerantes
Que envergam minha alma
nas correntezas do meu ser
Ah...inconsequentente rima
Que não prolifera nas veredas
que surgiram em mim
E vou cantando,andando
talvez até poetando
entre os vales infinitos
que surgem e se desfazem
Não venha com argumentos
Não vão me causar orgasmos
Eles já não me bastam
Já não me convencem
Não venha com regras
Fujo as regras
Invento até quimeras
Ou as distorço
Não sei, não sei
Tudo se confunde
E vou ficando num largo lago
Que afunda minhas memórias
Que desfaz minhas histórias
E termino em reticências...