Natureza, beleza e renascimento

Oh, Tuia! Que beleza!

Oh, Pinheiro! Que perfeição!

De minha sacada, admiro

com meus olhos, contemplo

com meu coração, entro em sintonia.

Oh, jardim, grande e verde

De tonalidades exuberantes

De cantos e pássaros mil

De vôos rasos e irresistíveis

Dos beija-flores encantadores...

Oh, araucárias e pinhos-bravos,

Quaresmeiras e hortências,

Azaléias e rododendos,

Bromélias e muito mais...

Que enfeitam o jardim da minha vida

E me puxam para a realidade.

Beleza, perfeição, perfume e serenidade

Alertam-me para o real.

Em meio a tanta beleza,

Há folhas secas, galhos quebrados,

Flores muchas... morte em meio ao verde.

Uma dura realidade que se apresenta

Ensinando-me que a vida não é perfeita,

Que me minhas folhas secas precisam cair

Que há galhos a serem quebrados

E flores muchas que vão brotar.

Oh, jardim que me ensina

Sabedoria e serenidade!

Torno-me una contigo na meditação,

Na arte da não-mente que tudo ver

Se entrega, se encanta na essência da vida.