amálgama



Franjas debruavam-se das copas do arranha-céu
O aroma fendia o ar, ondeando e perdendo-se na noite.
Cheiro de torra de café misturado a ar ubíquo;
Luminescência perdida, na fachada de neon.
Desassossego, quebrantável por um gole de qualquer coisa;
A ubiqüidade na intrincância dos objetos,
seres e máquinas fundidos como um Amálgama;
Ruas, becos, perdendo-se, encontrando-se,
Estilhaços de memória, mônadas perambulantes;
Entre o vespeiro de artefatos, dilemas, nervuras belas,
Boleias, faróis, buzinas, becos, falas, gestos, esquinas;
Estruturas de aço, rajadas de espaço, estilhaços de vento;
Película do véu da noite fina e negra como a morte;
Se descortina para além do arranha-céu da esquina;



 
Labareda
Enviado por Labareda em 18/05/2011
Reeditado em 21/06/2014
Código do texto: T2976973
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