Li-ber-da-de!!!

Decidi fechar os olhos

E esquecer os sonhos

Pesadelos que atormentavam

A alma, causando insônia...

Hoje me liberto!

Liberto meu corpo

Envolvo minh’alma em luz...

Esqueço o maço de rascunhos

Na escada, e saio.

Olho na escrivaninha

E já a vejo organizada,

Como, talvez, nunca estivera!

Libero-me do ego ferido

Das amarras e grilhões imaginários

Que faziam de meu pobre ser

Algo errante, à espera da felicidade.

Hoje sei que ela, a tão sonhada felicidade,

Está nos olhos e não nos lábios!

Posso sentir minh’alma livre

Posso voar, sem nem sequer sair do chão!

Posso respirar um ar que era meu

E que estava engarrafado

Submerso nas profundas

E amargas utopias do ser!

Hoje sei que o ato de caminhar

De cabeça erguida e braços abertos

É algo concreto e palpável!

E essa sensação me envolve

Como os raios de luz

Que queimam minha pele.

Hoje liberto minh’alma

E sei que, para a felicidade,

Só me faltam dois passos.

Grito aos quatro ventos

Que o amor é a fonte

E que para ser amado

Faz-se necessário amar

De forma passional e

Incondicionalmente verdadeira!

Sem amarras, sem rascunhos

Ou arabescos a “enfeitar”...

De forma nua, sem pudor,

Sem vergonha do ridículo

Pois o ridículo está nos olhos...

E estes nos amarram, grilham

O que nos impede de sermos verdadeiros.

Hoje posso sentir em meu peito

A certeza do amor que me move...

E esse amor, sem dúvida,

É o quê todo especial

Que me faz abrir os olhos,

Mesmo quando o sol se esconde, horizonte afora...

Somos o que emanamos.

E hoje sei que meu emanar

É pura e concretamente verdadeiro...

O sonho dos anjos,

A pureza do eterno

E a eternidade de dizer

Que sou feliz, pura e simplesmente

Porque carrego no peito

A delícia de sorrir como criança,

De beijar sua testa

E de fazer de meu amor

A fonte inesgotável do seu prazer

E a delicadeza de sua felicidade...

Uma felicidade que me envolve

Escolhe-me e acolhe

Faça frio, madrugada adentro

Faça um escaldante calor

Debaixo do chuveiro...

A delícia do prazer

E a certeza do eterno

Apenas na troca de olhares.

Liberto meu corpo

E sei que esse libertar

É a sensação mais inexplicável da alma...

Amém!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 27/05/2011
Reeditado em 27/07/2011
Código do texto: T2997256
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