Anti-materia

Autor: Daniel Fiuza

08/12/2010

Vou fazer soneto sem emoção

Sem amor e nenhum sentimento

E nada vou dizer nesse momento

Que tenha ligação com o coração.

O que escrevo se perderá no vento

Como uma folha caída da estação

Que flutuando seca, vai ao chão,

Sendo pisada sem constrangimento.

Minhas palavras nesse tom cinzento

Falam apenas de perturbação

Onde o sangue é suco de limão

E a poesia um confinamento.

Causando pane e desentendimento

Anti-matéria da louca paixão