Meus olhos

 

 

Em noites escuras, costumava andar solitário pelas estradas,

Mas carregava sempre comigo, temeroso, minha  lanterna.

Ia, portanto, confiante nessa pequenina  luz, achando-me protegido.

 

Até que  numa noite  bem escura, levando um grande susto, encontrei-me com um amigo,

Que caminhava sem luz nenhuma,  logo me advertindo:

“Apague essa luz artificial, com isso você fica visível para os malfeitores do caminho”

 Desliguei  rápido a luz da lanterna,  e, desde então, só caminho e confio  na luz dos meus olhos.