QUIETUDE INSANA DO PONTAL
Na dimensão paralela
A índia Luz
Atirou a flecha.
Queria as asas da gaivota.
A onça armou o bote.
Queria a humanidade da mulher.
No zás-tráz do destino,
Insanidade,
Abortou-se o ser misto.
Nasceu Luiza Felina,
A mulher que devorou a onça
E a onça que engoliu a mulher.
Loucura de uma
Dimensão perpendicular
Esta história era tocada,
Nas cordas de qualquer viola
Nas ruas de Paraty.
Violação
De um daqueles
Quiosques que a gente
Sempre freqüenta
Nas areias do Jabaquara
Ou do Pontal.
L.L. Paraty, 24/07/2010.
POEMA 223 - CADERNO: CHEGADA NO PORTO.