QUIETUDE INSANA DO PONTAL

Na dimensão paralela

A índia Luz

Atirou a flecha.

Queria as asas da gaivota.

A onça armou o bote.

Queria a humanidade da mulher.

No zás-tráz do destino,

Insanidade,

Abortou-se o ser misto.

Nasceu Luiza Felina,

A mulher que devorou a onça

E a onça que engoliu a mulher.

Loucura de uma

Dimensão perpendicular

Esta história era tocada,

Nas cordas de qualquer viola

Nas ruas de Paraty.

Violação

De um daqueles

Quiosques que a gente

Sempre freqüenta

Nas areias do Jabaquara

Ou do Pontal.

L.L. Paraty, 24/07/2010.

POEMA 223 - CADERNO: CHEGADA NO PORTO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 11/06/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T3028759
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