Ah,o tempo! Saudade e tormento,sinto.

Sinto saudade de coisas deixadas há muito...

Eu tinha a ilusão de encontrar parada a vida que deixei.

Quanta ilusão! Tudo ali morreu naquele tempo.

Mudava tudo e eu não entendia a dinâmica da vida.

Eu não sabia que a vida redefine os caminhos,

E rasga os véus,descortinando sonhos...

Eu não sabia quando parti em busca de um sonho.

E tanto tempo depois ao voltar,descobri que nada mais era meu.

Os caminhos da minha infância,já havia sido cobertos pela vegetação.

E já nem existiam mais!Parecia que tudo era fronteiras.

E minha mãe,não mais estava lá.

Nem havia aquele jardim onde as borboletas faziam morada.

E eu passava horas admirando a beleza de dálias vermelhas.

Aquele jardim era dela e o tempo o levou

A ela também...Agora dorme no jardim da minha memória.

E eu aqui,em lágrimas esperando seu despertar no jardim de Jah.

Para que tenha a chance de escolher se deseja a verdadeira vida.

E meu coração é hoje nada mais que uma dália vermelha

Tristemente despetalada,com saudade daquele jardim

Que era da mulher que abrigou em seu ser a minha vida.

E hoje igual ao jardim e suas borboletas coloridas, partiu.

Eu tenho esperança de reencontrar a dona do jardim

De onde eu vim...

Como dói, mãe...

Essa espera, ainda com esperança certa,é só dor.

Tenho saudades de ti...

Sim...

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 23/06/2011
Código do texto: T3051688
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.