Concreta

Já bati contra o muro

Já me vi em ruas sem saídas

Já chorei muito, mas já ri muito mais.

Porque não há parede que me bloqueie

Escuro que me afugente

Eu vivo a vida urgente!

Eu posso voar se chegar no fim...

Porque não há fim para uma alma eterna.

Não há breu onde há brilho

E eu brilho sim meu bem!

Eu deixo minha marca

Te dou o meu sorriso

Minhas palavras...

Meus olhos falam por mim

Não preciso de definições.

Minha face me define

O clima me destingue.

Não sou musa, bem que queria

Ser arte,

mas não ser julgada pelo olhar comum.

Quero um olhar detalhado, estudado

Não palavras ditas só por dizer

Ser admirada, ponto a ponto de uma arte

Nem um pouco abstrata.

Carolina Salcides
Enviado por Carolina Salcides em 01/12/2006
Reeditado em 23/09/2007
Código do texto: T307018