CAPIM NA TOMADA.

CAPIM NA TOMADA!

Da África dos elefantes.

Aos coqueirais na Bahia.

Nos céus desenham-se nuvens.

Com lágrimas molhando o dia.

Orvalha o rosto da moça.

Borrando a maquiagem.

O ar porem é mais puro.

No centro dessa viagem.

Uma receita utópica.

Esse capim elefante.

Gramínea seca, picada.

Queimada tão elegante.

Não mata tão pouco desmata.

Não seca a beira do rio.

Em hectares tão áridos.

Produz por anos a fio.

E gera na grande usina.

A queima e a combustão.

Jorrando mais energia.

Naquele fim de sertão.

Não usa o pau da caatinga.

Pra provocar CO2.

Um gás letal e maléfico.

Que mata o ar e nóis dois.

Bendito carvocapim.

Queimando em grandes caldeiras.

Em fornos de padaria.

Indústrias anti-madeira.

Limpando a água do rio.

E os coqueirais na Bahia.

Da África dos elefantes.

A nossa mágica utopia.

Capim Elefante: Gramínea de origem africana que colhida, secada, picada e queimada em usinas especiais, produz energia elétrica, sustentabilidade industrial e social, evitando desmatamento, o açoreamento dos rios e a poluição do ar pelo CO2.

Texto elaborado na matéria de “A Tribuna” de 4/7/2011- Tecnologia e Ciência, intitulada “Um capim na tomada”.

Honorato Falcon
Enviado por Honorato Falcon em 22/07/2011
Código do texto: T3110989