DURO CINZEL DO ESPÍRITO

A dança louca da tua língua

Desafivela no corpo agonia

Adoça o fel da eterna solidão.

A lâmina do duro cinzel do espírito

Fere de morte a serpente Kundeline

Sagrando luz na boca da escuridão.

O gozo é volúpia marinha

Torpes espumas nas pedras do cais

Semeaduras de orvalho nas fibras do coração.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 05/07/2005
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