PECADOS E VIRTUDES!

Torno-me peco, refém de meu próprio castigo

Probabilidade de que estou preso ao umbigo

Pura transgressão de meu complexo intelecto

Impulsivo manifesto de raciocínio circunspecto

Entregue a pulsão, impelido pela tensão de meus instintos

Mergulhado à exaustão, entregue aos descortinos labirintos

Visão equivocada de meus receios, medos e trepides

Amordaçado pela insensata embriagues da estupidez

Meu livre arbítrio é preso às limitações

Pela deseducação, desvios e conceituações

Extraio da modéstia, orgulho e arrogância

Sem perceber camuflo a própria ignorância

Meu altruísmo é Chamuscado de inveja

Soberba que aprisiona e tolhe a humildade

Estabelecidos pelos escrúpulos de minha crença

Violento sem querer a própria consciência

A vida me oferece paciência, serenidade

E no contraponto me abasteço da ira

Há um fio tênue invisível que os separam

Que a dialógica tempera de intensidade

A diligência é o elo entre a preguiça e a melancolia

No hiato cálido ou amorfo se dão os atos e desates

Minha generosidade e compaixão são avarentas

Reféns da impiedosa insanidade inconseqüente

Não há moderação aos desejos frenéticos de minha gula

Sou escravo das paixões e seu apetite voraz da emoção

Meu amor e simplicidade fazem da luxuria ostentação

Campo eletromagnético que ao contato se dá a explosão

Porque a felicidade é propósito existencial...

Por ela e com a poesia tudo se torna axial

Processo intrínseco e misterioso do ser humano

Encontrado no enlace das virtudes e pecados!

Assim gira, move, sacode, se constrói e pulsa o mundo.

Duo: Lufague e Hilde

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 05/08/2011
Reeditado em 06/08/2011
Código do texto: T3141284