Além da razão

Vou muito além

Que os limites de qualquer razão.

Vou além dos conhecimentos e das fronteiras,

Sou único por ser tantos.

Sou minhas dúvidas e conflitos.

Sou testemunha das minhas mortes,

Dos meus renascimentos e transformações.

Fui além do desconhecido para buscar,

Me confundi comigo mesmo quando me vi,

Chorei por mim quando rudemente,

E tantas vezes me atiraram

Num mundo primitivo cheio de limitações,

Me puseram num corpo ridículo e pobre,

Cheio de vicíos e deformidades.

Algumas vezes macho, outras fêmea.

Algumas vezes tudo, outras nada,

Me confundo no que fui e no que sou,

Não raro me sinto longe

Não de um mundo, mas quem sabe de um céu?

Outras vezes tão pouco, por tão pequeno

Que me sinto daqui, desse universo perdido,

Desse mundo primário que esconde os medos,

Fraquezas e covardias artrás de deuses

Criados pelo temor do que desconhecem.

Sou uma mistura da elite transcendente

Com uma plebe de rudimentar existência

Por isso minhas mutações

Entre alma e corpo. ou entre nada e alma.

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 18/08/2011
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