A procura
A verdade mora em frente de casa,
eu que nunca a vejo ou a sinto.
Que triste
é ter tanta torcida pra si e não retribuir
com vigor.
O mar segue em suas ondas contando histórias
que nunca ouvi,vivi,imprimi...
Afasto-me sem medo de errar,
apenas com receio,
temendo,
não o obscuro que nos espreita,
mas sim, os olhares de todos que nos julgam,
e que cravam suas idéias
sem mesmo antes ouvir-me.
O vácuo fez-se agora,
observo-o,
sondando-me,
anlisando-me,
expondo sem pudor sua incerteza.
Isso norteia-me um pouco, mas sigo.
O vento passa, junto traz pessoas
e desabafos,
choros e glórias.
Ouço calado a chuva,
e vejo pela primeira vez a verdade sair de casa.
Ela acenou com um sorriso,
e foi-se no vácuo,
e deixou o convite ao pé.
Hoje eu vou procurá-la,
sem torcida,
sem medo,
de olhos abertos para o que se anunciar.