O Sopro da Eternidade
A vida é como o Vento...As vezes suave, doce,
e carinhosa como acalanto ...As vezes barulhenta,
intrigante e singela ... Outras vezes, tensa e
misteriosa como frio de outrora no amanhecer.
Porém de todas as suas faces, em face afirmo:
A vida é sopro divino, abundante e rarefeita,
torna-se o paradoxo da existência entre o feio
e o perfeito. E nos faz transcender o tempo e o
espaço, buscando em meio ao descompasso o
caminho da realidade. Esbarrando na ciência e
na religiosidade, trilhando caminhos alucinógenos
para entender as lacunas da verdade e da
utópica sanidade que nos faz voar para labirintos
nunca antes desvendados.
Vôos altos, feito pólen, algumas vezes
sem caminho, perdidos, sem destino. Outras
vezes viajantes, pensante, vibrantes e sob
as assas da liberdade nos faz voar alto, a sonhar
na eternidade cíclica da vida, que sem birra
nos arrebata do belo e do sombrio
e ai fica um vazio, aonde vou pousar?
Num campo florido, para a vida assim se eternizar,
num vale escuro, perdido e vazio sem vidas
a revelar ou num novo prado para uma nova
flor sob mim brotar?
Não sei se sopro ou se sou sopro. Não sei
se vento ou vento faço. Só sei que vou, na
imensidão do doce e amargo, voando e vivendo,
viajando no tempo, fazendo da vida minha história
e minha eternidade, minha alegria e minha liberdade.
Pois sonhador eu sou e trilharei os caminhos da
utópica realidade, que me faz feliz um dia e no
outro um viajante da saudade, paradoxalmente
salvo pela fiel liberdade ou pensador da digna verdade.