O CÉU NO CREPÚSCULO

Lá estava o sol, no crepúsculo,

jogando tinta no céu que era azul

multicolorindo-o sorridente

feito criança brincalhona e sapeca,

e um novo espaço celeste se fez

com um colorido inesperado,

quase de fogo, sabendo a sangue,

porém de uma beleza inigualável.

Talvez Picasso não soubesse,

como o Astro-Rei conseguiu,

compor essa mistura indelével

de tintas repentinas, de beleza

que ultrapassa os limites do real.

O céu sorria feliz, pude notar,

já espalhando no ar sua alegria

convidando estrelas e o luar

para sua nova roupagem admirar.

Mas a noite, enciumada,

jogou a escuridão no infinito

e borrou a pintura do sol no céu

enchendo o ar de melancolia.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 01/11/2011
Código do texto: T3311212
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