a criança





Bem no topo da montanha,subiu minha alma
Sob as frondes de velha arvore,uma criança
Indagando,da vida real sentido,falou na calma
“Do viver a querência pura ,guarda pois,na lembrança

Ah!pobre  de minh’alma,que da ventura,nada sabia
Contemplou  vertiginosa altura e ao lado do anjo,ficou
Deixando,que em momentos da vida,a seus olhos revivia
Profundo querer,de sempre amar e amar,foi o que restou

Discreto,sorrateiro sorriso dos lábios escapou da menina
No que ,minha mente,estranho delírio,a entender,nada
Assaltada por intrusa agonia,duvida cruel que nunca termina
Ainda,assim ouvia eco que lhe dizia, voz da pequenina fada

“ Do viver a querência pura,guarda,pois na tua lembrança”!
“Alma amiga esqueceste ,em teus errantes e sinuosos caminhos”
“Que tua essência,busca o amor longínquo,contudo,não encontra”
“Posto que,qual águia da montanha, em ti,o amor faz teu ninho”

Neste instante,rasgando o céu,numa retumbante,sentida,alegria
Ah!Que minha alma,recém chegada de viagem,a mim ,voltou
Chorosa,de sua morada,profunda saudade,feliz,assim,não parecia
A tudo,do alto do monte,em furtiva lagrima,a criança acompanhou...

ÂÂÂ