raio laser

veio de uma máquina,

de um ponto qualquer no espaço,

e ultrapassou nossos corpos,

levando-os juntos

para prendê-los contra a parede

do nosso quarto,

diante da nossa cama.

e, a partir daí,

passamos a olhar todo dia,

quando o raio de sol permitia,

aquele quadro infantil,

mas cheio da graça sutil

que nele ainda encontramos.

Rio, 30/06/2006