o lagohttp://youtu.be/C3wJzecTJQY
segundo movimento da pastoral de Beethoven







O lago


Enfim,diante deste sombrio, ignoto lago,deixei fantasias
Que de tanto medo,de mim,fugira,pois, de um não amar
Agora,deveras,ante caudalosas e negras águas,então,sabia
Que , neste,desconhecido leito estava prestes a mergulhar

Que,da vez primeira,não procurei,assim, entender,o que viria
Posto que, razão do intenso viver,era uma indecifrável questão
Cuidava, apenas,em buscar aquilo que, louco, perdera,um dia
Bem no fundo,em seu cerne turvo ,acenderia luz na escuridão

“Ah!minha alma ,entenda,pois, que este lago é tua vacuidade!”
“Acalma-te,posto que,nele,jamais,nas profundezas,eu morreria!”
E deste estranho medo,sei,em solidão,encontrarei a verdade...
Sinto que,serei feliz na penumbra da noite e na claridade do dia.

Basta,apenas,que abras tuas portas a este errante que te implora
E numa liberdade,que de sonhos,na infância,sempre idealizei
Flutuarei,qual pétala caída da flor,e sentirei,assim,nesta hora
Que vivera da ventura,cego,porem,não percebia que,sempre,amei!