O CAÇADOR DE ACÁCIAS
(Para Vereda das Acácias)

O amarelo me pega em cheio,
a tocar-me em meio aos elos
e eu me constelo em toda estrela
no aconchego de coloridas telas...

Fosse eu fotógrafo
ou quiçá, um artista-caçador
desses que garimpam
no deserto, o amor,
viveria buscando acácias
na profusão de um tufão amarelo
captado desumanamente por sismógrafos...

Sem contar com o esplendor
de ser tanta e tamanha flor
no meu jardim do nosso amor...
(Ih, bacana isso!... conquanto,
o nosso jardim do meu amor...)

Acácias,
hemácias amarelas
e de amá-las ou por amar elas,
quiçá, o seja
a Flor do Lácio no esplendor...

Donde viemos
a cantar nossa verve
verde e amarela
dos ócios imberbes
corola da pele
na alma das pétalas
aleatórias e acéfalas...

Acácias me lembram, o quê?
Que amanhã fará sol...
Mas, se chover,
o chão ficará tão lindo
na beleza de um amarelo
ouro-besouro, de se enlouquecer.




Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 14/12/2011
Reeditado em 14/12/2011
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