OxiGênio

Abutreamente somos

poetas em devaneio

velas de flutuantes calmarias nos

penhascos revestidos de despenhadeiros

Tateantes, buscando grutas

esfregam-nos encostas

e o vento gélido calmo das sutilezas

não os alcança nos trópicos

Goles de letargia em taças de semântica

provocam a imprecisão de um risco no vazio

voam letras sobre Goa

sons de respiração a sobrevoar oceanos

Não há pausas

não há nós nas cordas vocais da utopia

nem cores esmaecidas em demasia

toda sorte de arte nos deflora

sangram nossas expostas cicatrizes

Em imagens que não nos dizem

ser o que seria, sereias fossem

e nós, rio

Jaqueline Serávia
Enviado por Jaqueline Serávia em 15/12/2011
Reeditado em 15/12/2011
Código do texto: T3389964
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