O não revelado

Meus olhos são um tipo de especialistas

No genérico-superficial que o meu cérebro entenda

Na captação das formas que eu compreenda

Na estética esperada pela minha lista

Meus ouvidos são para certos ruídos

Que estejam na faixa dos Hertz herdados

Que se coadune com o permitido

Para que eu não me choque com o inusitado

Na verdade os limites desses meus sentidos

Seja tato, olfato, paladar ou outro

Ficam sempre aquém de algo sugerido

Como se houvessem antes sido ampliados

E essa inquietação indócil que me assola

Como se movida por sinais externos

De além dos limites que ora me controlam

Algum dia irrompem e os fatos se revelam

Porém enquanto nada mais forte acontece

Do tipo persuasivo, óbvio e inequívoco

Sigo experimentando o que me apetece

De toda fonte que se mostrar disponível