Sina Poética

Em meio a cantos de louvores eis que nasce o poeta, que das letras apara as arestas transmutando o vil viver, em papel desnuda as métricas em imperativos que o faz ser, labor dedilhado mesclado às avessas que em alma inquietam o seu tecer, em compasso ritmado com os seus passos quiçá letrados o que o contenta é o sorver, e fazer das letras grudadas quaisquer estímulos ao verbo erguer, nasce poeta, coloca nas variadas mentes inertes e incertas um alento ao não sofrer, talvez, assim aglutinado aos teus sonhares sem pressa o sorrir venha resplandecer, e em alfabeto singular se emoldure em telas o que fora pintado antes de você nascer, e em louvores melódicos se confirme nas mais duras esquinas, tua sina de não só comover, mas, de espreitar as letras menos desconexas tão só em busca de um mundo melhor a se crer, e assim o sonho crível à poesia empresta os vocativos de não cessar o escrever.
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 25/02/2012
Reeditado em 26/02/2012
Código do texto: T3518544
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