ALÉM

ALÉM

Silêncio, não sepulcral, apenas silêncio

Cortado apenas pelos sons banais

Sem ninguém a dar sequer um pio

Era um momento de extrema paz

Precisava dessa silencitude

Com muito mais frequência

Pois o barulho fazia

Que não pensasse em sua atitude

Não conseguia desarmar a bomba relógio

Que martelava sua consciência

Que impedia sentir amor ou ódio

Como um sentimento de ausência

Pouco se importava com o sucesso

Pouco ligava para o fracasso

Jamais ficara possesso

Nunca abraçara um grande abraço

Afinal o que lhe conduzia

Naquela caminhada sem rumo

Simplesmente não sabia

Era um ser sem prumo

Acordara em outra dimensão

Quem sabe agora teria paixão

Será que conseguiria voltar

E simplesmente amar

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/03/2012
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