RAIOS DO ARCO-ÍRIS

Um alfinete de cabeça erguida

acena ao vento, lenço e alforria

espelha a aurora abrindo o olho intenso

fita o sol morno, olhando o céu cinzento.

As águas fervem borbulhando o mar

O arco-íris evapora aflito

bebe na foz a chuva convergente

o vento explode em leque o cata-vento

A maré vasa, enche, bate em frente

os raios furam, cercam o vendaval

as matas choram no furor da enchente

os rios fogem da pressão mortal.

A Natureza, face do infinito

ergue na espada pranto e dissabor

pune no tempo, forte requisito

estreita a angústia expressa em sua dor.

Zecar
Enviado por Zecar em 20/07/2005
Reeditado em 15/06/2016
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