Há de haver um mundo...

Não sei de mim, de onde vim nem que amante fui

Só sei que amei, há muitas vidas, mas não lembro

Amei tanto que busquei estrelas, hoje elas me contam

Amei tanto que até hoje choro ao lembrar desse amor

Que não sei quem é, não lembro, mas sei que existiu

Sei que até hoje existe dentro de mim, assim, forte

Como se tivesse sido o ontem infinito e eterno.

Não sei como nos perdemos, mas ainda hoje, agora

Sei que existimos. Com certeza fui a verdade do sonho

Que não sei quem sonhou, mas foi tão intenso

Que essa perda até hoje me deixa triste, ainda choro.

Não sei que amante fui, mas ainda hoje, pelo que sinto

Haveria de andar descalço no sol se ela pedisse

Haveria de tecer nuvens, dar-lhe o perfume dos lírios

Para lhe enfeitar os cabelos.; Nunca ninguém amou assim.

Sei que existiu esse amor, mas... não lembro, não lembro

Há quem diga que tudo é loucura, amor assim não existe,

Dizem.E por que choro quando lembro? Minhas mão tremem

Meu corpo se arrepia como se ela estivesse aqui.

Porquê sonho com ela, mesmo sem lhe ver o rosto?

Porquê caminhamos em caminhos desconhecidos

Sem nunca termos estado juntos. Será que não?

Amei tanto que foi mais que muito, mais que tudo

Se para sempre? Não sei mas até hoje sei...

E sei muito bem que até minha alma chora.

Talvez seja tão puro esse amor de não sei quando

Que não nos foi permitido nos encontrarmos aqui

Há de haver um mundo em que...

jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 28/04/2012
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